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quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Estado admite que pode privatizar Terminal Rodoviário Rita Maria, em Florianópolis

Governo do Estado estuda modelo de privatização que deu certo em Itajaí

img Aline Torres
@alinetorres_ND
Florianópolis
Marco Santiago/ND
Fios expostos mostram a falta de manutenção no Terminal Rita Maria

Florianópolis — O Terminal Rodoviário Rita Maria pode ser privatizado. Nesta sexta, pela primeira vez, o secretário estadual da Infraestrutura, Valdir Cobalchini, falou sobre o assunto. O Estado já privatizou a rodoviária de Itajaí, que serve de modelo, com a estrutura revitalizada e taxa de embarque de R$ 4,18. Em Florianópolis, a taxa é R$ 1,90, mas esse dinheiro não é investido em melhorias do terminal. “É uma ideia que tem força nas discussões do governo, mas deve ser feita sem atropelo, com base em estudos e avaliações. No meu entendimento o Estado deveria receber pela concessão de uso do terminal, como em Itajaí, que foi privatizado e deu certo, e não pagar pela gestão”, disse.

O Rita Maria, que custa R$ 3,6 milhões anuais aos cofres de Santa Catarina, é administrado pelo Deter (Departamento de Transportes e Terminais), desde sua inauguração, em 1981, e completará no dia 7 de setembro 31 anos sem nenhuma reforma, mas com risco de desabamento do telhado, notificações da Defesa Civil, laudo do Corpo de Bombeiros e com uma ação civil pública ajuizada pelo MPSC (Ministério Público de Santa Catarina) e pedido de uma liminar ao judiciário.
Cobalchini relatou que enquanto a ideia da privatização está “em maturação”, foi encomendado um projeto para reforma do telhado. O Deter, embora responsável por custear as despesas, se antecipa ao relatar que não tem receita. “Em 2011, arrecadamos cerca de R$ 5,5 milhões, depois das contas quitadas sobraram R$ 170 mil”, diz o diretor administrativo Neri Francisco Garcia.
 Mas os prejuízos podem se agigantar, caso seja deferido o pedido de liminar do promotor Daniel Paladino, no qual solicita que Deter e Estado executem as obras de revitalização do Rita Maria em 180 dias, sob pena de multa diária de R$ 10 mil.  

 Terminal é essencial para o turismo
Não está descriminado o número de turistas entre os passageiros que embarcam e desembarcam no Terminal Rita Maria. Em 2011, 2,368 milhões de passageiros usaram o serviço, pagando taxa de embarque de R$ 1,90. São idas e vindas intermunicipais, interestaduais e internacionais. Nesse ano, o fluxo foi de 69.202 ônibus e 1.290.243 passageiros.

Mesmo sem dados, o secretário estadual de Turismo, Cultura e Esporte, Valdir Walendowsky, esclarece que “o Terminal Rita Maria é fundamental para Santa Catarina, onde o turismo é principalmente rodoviário”. Estanislau Emílio Bresolin, presidente da Federação de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do Estado de Santa Catarina, também salienta a importância do terminal para o turismo, porém com algumas queixas. “Quando foi inaugurado, o terminal serviu de modelo para o Estado, agora está todo depredado”, disse.

Publicado em 28/07-13:12 por: Aline Torres.
Atualizado em 08/08-10:13

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