Terceirização em Campina Grande
CMCG aprovou, por maioria de votos, projeto de lei da Prefeitura para gestão pactuada com Organizações Sociais nos serviços de saúde
Por Josusmar Barbosa
Em uma sessão polêmica, que durou mais de quatro horas, a Câmara Municipal de Campina Grande aprovou por maioria, em regime de urgência, o projeto de lei, enviado pelo prefeito Romero Rodrigues (PSDB), sobre o programa de gestão pactuada com Organizações Sociais (OSs). Após a realização de licitação pública, o primeiro órgão da PMCG a ser gerido por uma OS será o Hospital Dom Pedro I.
Dos 19 vereadores presentes à sessão, 16 votaram a favor e três se posicionaram contra. Os trabalhos foram conduzidos pelo vice-presidente da mesa diretora, Murilo Galdino (PSB), que travou acirrada discussão com o líder da bancada de oposição, Olímpio Oliveira (PMDB), que chegou a ter um requerimento aprovado, pedindo a realização de uma audiência pública antes da votação do projeto. Além de Olímpio, ocuparam a tribuna para criticar a propositura os vereadores Napoleão Maracajá (PCdoB) e Rodrigo Ramos(PMN).
Por sua vez, defenderam o projeto a líder da bancada governista, Ivonete Ludgério (PSB), e os vereadores Bruno Cunha Lima (PSDB), Alexandre do Sindicato (PTC), Inácio Falcão (PSDB), Murilo Galdino, Marinaldo Cardoso (PRB) e Miguel Rodrigues (PPS). Este último pediu apenas que fossem preservados os direitos dos servidores públicos.
“Os objetivos do projeto são otimizar a realização dos serviços públicos, diminuir o custeio e descentralizar as ações da administração pública”, frisou Murilo. Por sua vez, Bruno ressaltou que o modelo é semelhante ao já implantado em outras cidades e Estados do país, a exemplo do Rio de Janeiro, Bahia, Pernambuco e no governo da Paraíba, a exemplo do Hospital de Trauma Senador Humberto Lucena, em João Pessoa.
Parceria
Primeiro órgão da PMCG a ser gerido por uma OS será o Hospital Dom Pedro I (Foto: Magnus Menezes) |
O programa prevê a construção de parcerias entre a gestão municipal e entidades não governamentais, conhecidas como 'Organizações Sociais', para o compartilhamento de ações em áreas específicas da estrutura administrativa. Pela proposta, as entidades poderiam atuar, de acordo com a necessidade, nos setores da Educação, Saúde, Cultura, Trabalho, Cidadania, Urbanismo, Habitação, Saneamento, Gestão Ambiental, Ciência e Tecnologia, Agricultura e Organização Agrária, Indústria e Comércio, Comunicações e Transportes, Desportos e Lazer e Previdência.
“Campina Grande não pode ficar ilhada com um modelo que, comprovadamente, vem causando grandes dissabores ao povo”, ressaltou o prefeito Romero Rodrigues em sua mensagem, enviada à Câmara Municipal. Pelo projeto, as formas e os modos em que as Organizações Sociais serão implantadas junto à administração municipal serão regulamentados pelo Executivo Municipal, em até 180 dias após a aprovação do projeto.
*Retirado do Jornal da Paraíba
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